Henrique VIII: A história de um caso de sobrealimentação

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No princípio do seu reinado, Henrique VIII era «um rei atlético, suficientemente vigoroso para cansar os seus cavalos na caça e os seus adversários no ténis». Era um dançarino incansável e conseguia beber mais do que qualquer dos seus cortesãos. Mas a sua magnífica constituição não resistiu às festas diárias da corte.

 

Henrique VIII

 

Mesmo as refeições vulgares eram enormes: a ementa para determinado dia incluía uma entrada de saladas diversas e pratos frios de «pardais estufados, carpa, capões em limão, faisões lardeados, pato, gaivotas, coelho manso, empada de veado e empada de pêra». Seguiam-se os pratos quentes, que incluíam «cegonha, alcatraz, garça, frangos, codornizes, perdizes, esturjão fresco, tarte de veado, galinha com molho de vinho e ovos e frituras». A refeição terminava com uma diversidade de sobremesas e um cordial de vinho com especiarias.

 

Os ferimentos sofridos em competições atléticas ao longo dos anos foram restringindo as atividades do rei, pelo que não é de admirar que ele tivesse engordado grotescamente. Quando morreu, Henrique VIII sofria dos rins, de gota, de perturbações circulatórias e de uma úlcera. Tristemente famoso como carrasco das suas mulheres (seis, duas delas decapitadas), acabou por ser vítima da sua alimentação desregrada.

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