Os egípcios e a cultura dos sonhos
Os sonhos sempre exerceram sobre nós uma grande fascinação. Em diferentes épocas e culturas foram vistos como avisos, profecias ou mensagens dos deuses, tendo-lhes sido mesmo atribuído o poder de resolver problemas, curar doenças e proporcionar revelação espiritual.
Xamãs, sacerdotes e sábios eram os antigos terapeutas de sonhos, figuras respeitadas na sociedade a quem se confiava a interpretação daqueles.
Os métodos da interpretação de sonhos mudaram e hoje compreendemo-los e usamo-los de diversas maneiras, segundo as crenças da nossa sociedade, mas o desejo de procurar neles um significado tem-se mantido constante.
Os egípcios
A antiga civilização egípcia, que remonta a 4000 a.C., foi provavelmente a primeira a desenvolver um sistema de interpretação de sonhos. Os egípcios entendiam-nos em termos de opostos: um sonho feliz significava que algo negativo ia acontecer, enquanto um pesadelo era sinal de melhores dias.
Acreditava-se que os sonhos continham mensagens de uma série de divindades ou espíritos e tomavam-se preparados à base de plantas para chamar os bons espíritos e defender-se dos maus.
Os interpretadores profissionais viviam nos templos e as pessoas dormiam aí, na esperança de que os deuses lhes enviassem uma mensagem através dos sonhos. Esta prática, conhecida como “incubação”, estava bastante difundida e sabe-se ter existido em várias civilizações antigas.