A linguagem dos sonhos

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O aspecto mais indecifrável e fascinante dos sonhos é a linguagem que eles utilizam para transmitir uma mensagem ou significado: metáforas ou símbolos que, tal como uma língua estrangeira, precisam de ser traduzidos e interpretados.

 

Sonho

 

Há várias teorias sobre o porquê do inconsciente querer ou precisar de transmitir informações à nossa mente consciente de uma forma simbólica. Uma é que a mensagem é algo que não estamos preparados para ouvir, pelo que, sendo apresentada de um modo incompreensível, podemos descartá-la com facilidade. Freud acreditava que os símbolos nos protegem da mensagem subjacente, que muitas vezes é tão perturbadora que nos acordaria e transtornaria se fosse passada de forma mais clara. Por outro lado, o facto de a mensagem ser estranha pode obrigar-nos a olhá-la com maior atenção e ter de decifrar e descodificar um sonho pode fazer-nos sentir como quem “resolve” um puzzle. Outra teoria é que só conseguimos lidar com pequenas quantidades de informação e que os símbolos e metáforas são, na realidade, um meio económico de a apresentar.

 

A muitos símbolos foram atribuídos significados comuns e universais. Estes são úteis como diretrizes, desde que nos lembremos que podem significar algo diferente para nós. Por exemplo, diz-se que o fogo simboliza a ira, mas o leitor pode ter uma fobia relativamente a ele. O afogamento é tido como simbolizando o medo de ser submergido por uma necessidade não expressa e inconsciente, mas talvez no seu caso seja devido ao medo da água ou esteja a aprender a nadar. Muitas vezes é o sentimento ligado ao símbolo, e não o símbolo em si, que é importante.

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