Não foi apenas a curiosidade intelectual — o conhecimento pelo conhecimento — que levou os cientistas a iniciarem o estudo das ilusões de ótica há cerca de 150 anos. No século XIX, os astrónomos e os físicos obtinham a maior parte das suas informações sobre o Universo por meio de poderosos instrumentos óticos. Assim, quando se aperceberam de que todas as pessoas cometem involuntariamente determinados erros de percepção, começaram a temer pela exatidão das suas conclusões.
Esta preocupação prática foi uma das causas do crescente interesse científico pelas ilusões de ótica. Atualmente, este aspecto já não é tão importante, pois os astrónomos e os físicos podem confiar em fotografias de alta qualidade e compará-las com o rigor dos elementos de observação visual que obtêm. No entanto, as ilusões de ótica continuam a ter um interesse prático no campo dos transportes, pois podem originar acidentes nas estradas e nas pistas de aviação.