Cassini Spacecraft passou pelos anéis de Saturno há 13 anos
Esta quarta-feira, dia 26 de abril, completa-se 13 anos desde que a nave espacial Cassini passou entre o planeta Saturno e os seus majestosos anéis compostos por gelo e poeiras. A Spacecraft (inglês para “Nave espacial”) ainda está em funcionamento, a missão termina em setembro deste ano.
A Cassini tem 6,70 m de altura e mais de 4 m de largura. Foi lançada da Terra no dia 15 de outubro de 1997, passou entre Saturno e os seus anéis em 26 de abril de 2004 e entrou em órbita do gigantesco planeta gasoso cerca de um mês mais tarde (1 de julho).
Mergulho em Saturno
A missão termina no dia 15 de setembro de 2017. O seu destino final é o mergulho na atmosfera de Saturno, onde continuará a enviar informações para a NASA até que finalmente seja esmagada pela imensa pressão dos gases da atmosfera do planeta. A razão para esta destruição da nave deve-se ao facto de ser um fim “limpo”; isto é, os cientistas não querem que a Cassini colida com nenhuma das luas de Saturno, dado que são astros com um enorme interesse para a astrobiologia.
A lua Titã e a espetacular aterragem da sonda Huygens na sua superfície
Titã é a maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar. Trata-se de um corpo celeste extremamente bizarro. Titã tem lagos e mares, tem atmosfera e até chove lá como no nosso planeta. Também tem montanhas e vales. Mas não exatamente como aqui! Os lagos e mares de Titã são de metano e etano, não de água. Nesta interessantíssima lua chove metano e as montanhas não são feitas de rocha, mas sim de gelo.
A Cassini estava equipada com uma pequena sonda, apelidada de Huygens, que foi enviada pela nave, no dia 14 de janeiro de 2005, para entrar na densa atmosfera de Titã. Até esse momento os cientistas não sabiam o que havia por baixo da atmosfera da lua, pois a superfície era invisível a partir do espaço.
Veja no vídeo abaixo o que a Huygens captou pelas suas câmaras! No momento final do vídeo podemos ver pedras redondas (feitas de gelo, não rocha), iguais às que vemos junto a um rio ou na praia. Elas são arredondadas devido à ação de um líquido, o que prova que o local onde a sonda aterrou foi outrora um lago ou um mar. No entanto, neste momento, esse local é um deserto, que fica numa região do astro apelidada pelos cientistas de Shangri-La.
Também podemos ver uma sombra a passar na superfície da lua alguns segundos após a aterragem da sonda. Trata-se da sombra provocada pelo paraquedas da Huygens, não a sombra de uma qualquer ave extraterrestre de Titã, como muitos teóricos da conspiração defenderam na altura.